domingo, 4 de setembro de 2011

Gisela desarrumara as malas. Enfim em casa. Quase meio ano longe. M era nuvem ainda. M não passava nunca. Mesmo morto, era presença. M era assombração em sua vida para sempre. O outro que não era M morreu e sumiu. Tudo rápido e definitivo. O outro que não era M passou tão bem passado que quando, um dia, numa ocasião qualquer, Gisela o viu, pensou: "Sombra, nem sombra esse outro que não era M ousa ser, pobrezito...".E pensou nos pontos finais no lugar certo do filme ao qual assistira recentemente...
E de repente Esther viu um nova possibilidade. Havia vida naquela conversa toda. Vida pulsando. Vontade de outra chance. Os olhares se cruzavam entre histórias engraçadas. Esther permitiria? O vento soprara por diversas vezes. Um sinal? Em sua cabeça, na volta para casa, dois papéis...Agora ela sabia muito mais. Não podia deixar de pensar naquela que por instantes tantos arrancara-lhe risos e metera-lhe na cabeça uma interrogação...