terça-feira, 12 de abril de 2011

Olhou-se no espelho e entendeu que sentia medo. Medo de viver e medo de morrer. Queria morrer e continuar vivendo. Sentia medo de sangue e medo de conviver por muito mais tempo com a grande dor que penava. Sabia que todos irião visitá-la e que depois todos voltavam para as suas vidas. E ela permanecia só de uma solidão feroz. Não queria mais. Porém gelava quando pensava aqueles pensamentos que deveriam ser secretos para não assustar aqueles que, ela sabia, fingiam importar-se. Olhou o telefone e pensou em ligar para as irmãs. Gisela corrigiria provas, Esther estaria a fazer qualquer outra coisa. Por que sua vida não era exata ou plenamente sua? Por que sentia daquele jeito?


Eram as dúvidas e certezas que pairavam no ar da casa de Alice bem dentro de seu coração

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