sexta-feira, 29 de abril de 2011

Porque Gisela entendia que viveria para sempre essa coisa de altos e baixos, não queria dizer que não a afetasse quando lhe ocorriam as mudanças. Estava tão feliz há poucos dias e acordara sentindo-se menos. Ao fim do dia, era o cocô do cavalo do bandido. Não compreendia algumas coisas, outras admitia que para todo o sempre a acompanhariam. Queria mesmo era não poder ouvir algumas coisas, algumas palavras-opiniões. Vivera até ali tantas coisas, mas sua pele e seu coração ainda eram frágeis, apesar de tudo. Sobreviveria a essas e a mais outras coisas sim. Mas, hoje, Gisela era menos e a subtração cortava-lhe a pele. Talhava-a. Doía.

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